Archive for julho 2012

Até quando?

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ATÉ QUANDO?

Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura

Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!

A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!

A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!

Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!

Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada.

GABRIEL O PENSADOR

Revolucionar

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          Revolucionar é uma palavra tão fácil de falar, mas um ato tão difícil de tomar. Uma decisão complicada quando se pensa em revoluções, imagina-se coisas do passado. Mas revoluções são tão atuais, tão constantes, estão por toda parte tentando mudar seu futuro. Isso. Seu futuro! Engajar sua vida numa causa requer: ideais, esforços, coragem. Coragem para lutar contra tudo que acha de errado lutar pelo que é certo sem ter medo, esforços afinal quantas pessoas irão de te dizer que o que está fazendo não vai dar em nada, que você nunca vencerá o sistema ou seja lá pelo que você luta. Ideais o mais importante de todos afinal se você não souber o que te incomoda se você não tiver consciência do que está errado se você não tiver um motivo se você não possuir ideais você não chegará a lugar nenhum.

         Então é o que fazemos acordamos toda manhã, pensamos em um futuro melhor mais não esperamos que ele caia do céu que de um para outro tudo melhore... isso é besteira, você sabe disso. Não sabe? Espero que sim. Afinal se você está lendo isso você tem um desejo de mudar as coisas mesmo que esse desejo esteja escondido uma hora, ele despertará eu só poderia te falar acorde, abra seus olhos veja o que esta de errado mude, revolucione, acione essa sua vontade de lutar. Você é capaz de muda seu futuro porque quem escreve seu futuro é você.

       Espero que após isso tudo, melhor dizendo: esperamos que após isso tudo você junte-se a nós, precisamos de você, precisamos da sua força; juntos podemos mudar o mundo, podemos criar um mundo ideal para você e para mim.

          Por Brennno Damasceno Varjão (via e-mail)

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Eleições.

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          Semana passada pude assistir de camarote a um debate político. Duas mentes debatendo sobre a atual situação política em que estamos inseridos. Enquanto debatiam e jogavam, um contra o outro, argumentos selvagens sobre politicagem corrupta, roubos explícitos, impunidade... pude perceber que todos os argumentos disponíveis eram..., pasmem, clichês.
          Se, até os nossos argumentos tornaram-se clichê, imagino eu, de boca aberta, o que se tornou nosso sistema político. Primeiro, você só decide se quer votar ou não quando tem 16, 17 ou mais de 70 anos. Nesse meio tempo, você é FORÇADO à exercer democracia. Democracia? Segundo, as opções de voto são sempre restritas. Quem são os candidatos? Ah... lembrei: aquele que na última eleição deixou bastante gente sem receber salário contra aquele que desviava dinheiro em seu último mandato. É aquela moça super gentil que não fez nada em seu governo. É aquele senhor, pai de não-sei-quem. E a lista, acreditem, é enorme, cheia de gente assim.
          Sinceramente, não sei o que fazer com meu voto. Só me resta a tecla branca. Vai doer quando clicar nela, mas, antes ela do que uma verdinha com poder psicodélico. E, cá entre nós: que ninguém saiba do meu voto! Pelo menos isso: já temos privacidade. E, olha que interessante: ao menos um ponto fora do retrocesso. Será isso o começo de uma evolução? Aguardemos.
          É ano de eleição. De voto. De escolha. E, como não deixaria de ser: de gritaria, competição, promessas. É chegado o momento em que somente uma escolha pode mudar o rumo dos ventos. E, enquanto carros de som competem em decibéis por uma vaga em nossos ouvidos, nossas cabeças estouram. Não basta os horários políticos da TV, é feita politicagem de forma desumana nas ruas. Posso garantir: candidato nenhum vence no volume do grito. É difícil demais entender isso? 
          Há, também, outra coisa que me tira a paciência: aquelas carinhas coloridas, estampadas no papelzinho, com um sorrisão (geralmente, eles sorriem. Se não nos ganham pela beleza, ganham pela simpatia). Em ano de eleição, costuma-se chover rostinhos sorridentes na rua. A poluição, portanto, torna-se generalizada: sonora, visual e mental
          E, cheguem mais perto! Aproxima-te mais pra saber mais uma verdadezinha que resolveu escapolir de mim: Em ano de eleição, se não houver cuidado, os hipócritas passam a ser nós. Verdade! Nós. Hipócritas. Os que reclamam demais. Os que veem defeitos demais. Mas, quantos dos que reclamam fazem realmente alguma coisa? Reclamar e não fazer, desculpem, é hipocrisia.
          Não basta somente destampar o bico da boca. Não basta somente abrir os ouvidos e olhos. É preciso levantar o bumbum da cadeira, movimentar as pernas, requebrar o quadril. Não somente em ato de dança. Mas em ato de amor pelo lugar em que se vive. Porque, embora o mundo já esteja cheio de gente reclamona, é disso que ele menos precisa: uma legião de reclamões.


Por CLARISSA DAMASCENO MELO

GRITO A CAUSA

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          O talentoso cantor e compositor João Paulo Hoffmann apresenta à sociedade sua nova canção GRITO A CAUSA, uma confirmação ao Manifesto de cunho social do qual participa e uma homenagem em memória de Rafael Mendes, que apesar de não estar mais entre nós, foi quem inspirou e motivou os jovens alunos da cidade de Itabuna a lutar por uma realidade diferente.
          A belíssima produção musical traz a assinatura do próprio João Paulo Hoffmann com a colaboração de uma amiga, Janaína Ferraz. Ambos com a intenção de fazer da canção um hino do Manifesto Rafael Mendes, estimulando não apenas os jovens, mas toda a população interessada a lutar, lutar por um amanhã melhor, por uma cidade com mais dignidade, educação, saúde e principalmente com ACESSO. Até porque todos nós temos, resguardado pela nossa Constituição Federal, os nossos direitos de cidadão.
          O Brasil não pode continuar sendo uma piada! Tiremos então a venda dos olhos e as mordaças da boca. Acordem! É tempo de mudança.


Por JANAÍNA FERRAZ MACÊDO